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TENDÊNCIAS CLIMÁTICAS E A INCIDÊNCIA DA DENGUE EM CIDADES DO SUL DO BRASIL: ESTUDO DE CASO DE LONDRINA, MARINGÁ (PR) E FLORIANÓPOLIS (SC).

Deise Fabiana Ely    

Resumen

No contexto atual, a dengue constitui um dos principais problemas de saúde pública no Brasil e no mundo, pois faz anual e sazonalmente centenas de milhares de vítimas. O presente artigo tem como objetivo principal analisar as tendências climáticas nas cidades de Londrina, Maringá (PR) e Florianópolis (SC) com o intuito de compreender a correlação das condições climáticas com a incidência da dengue no sul do Brasil. Para tanto, os dados de temperatura média e precipitação foram organizados em gráficos e tabelas para o período de 1983 a 2010 e submetidos aos testes estatísticos da regressão linear, Mann-Kendall e Pettitt. Também foram elaborados gráficos para a representação das notificações dos primeiros sintomas dos casos de dengue em conjunto com os totais pluviométricos e as médias térmicas mensais para o período de 2007 a 2010, submetidos ao teste de correlação de Pearson. Foram observadas tendências positivas nas precipitações de Londrina e Florianópolis, mas negativas para Maringá. Os testes de Mann-Kendall e Pettitt revelaram não ocorrer mudanças significativas nas precipitações anuais das três localidades. Com relação à variabilidade das temperaturas médias, a regressão linear indica tendências positivas para todas as localidades; enquanto que o teste de Mann-Kendall aponta tendências positivas para as temperaturas médias de Maringá e Florianópolis e para as médias das mínimas de Londrina. Foi verificada uma correlação temporal entre a eclosão dos casos de dengue após períodos chuvosos e temperaturas médias entre 17 e 27°C e que as condições climáticas de Florianópolis têm dificultado a reprodução e sobrevivência do vetor da dengue.

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